Publicado por Redação em Notícia - 27/12/2024 às 14:21:59

Palavra Episcopal

O NATAL DO CRISTO DESFAZ TODO ENGANO

 

Natal se relaciona ao nascimento, natalício de alguém. No caso do Cristianismo, conforme lemos em Mateus 2.1-12, representa o nascimento de Jesus, o Cristo. O Natal, junto com a Páscoa, é nossa maior celebração. Embora seja real a controvérsia acerca da data do nascimento de Jesus, tal debate acaba sendo menos relevante diante do significado do Natal do Cristo. Devemos celebrar o Natal desconectado de todo sincretismo que foi sendo inserido a essa data. O sincretismo do Natal ocorreu ao longo dos séculos com a incorporação de elementos de diversas culturas e crenças não  cristãs. Feito tal atestado, reitero quecomemorar o Natal é próprio dos discípulos e das discípulas de Jesus. 

 

atal se relaciona ao nascimento, natalício de alguém. No caso do Cristianismo, conforme lemos em Mateus 2.1-12, representa o nascimento de Jesus, o Cristo. O Natal, junto com a Páscoa, é nossa maior celebração. Embora seja real a controvérsia acerca da data do nascimento de Jesus, tal debate acaba sendo menos relevante diante do significado do Natal do Cristo. Devemos celebrar o Natal desconectado de todo sincretismo que foi sendo inserido a essa data. O sincretismo do Natal ocorreu ao longo dos séculos com a incorporação de elementos de diversas culturas e crenças não cristãs. Feito tal atestado, reitero que comemorar o Natal é próprio dos discípulos e das discípulas de Jesus. 

 

Finalmente, quando os sábios encontraram o Cristo manifestado em um bebê, se desvendou aos três visitantes a ideia maligna e mentirosa de Herodes através de um sonho revelado pelo próprio Deus. Após a revelação divina, os visitantes do Oriente decidiram retornar para casa “por outro caminho” sem cederem ao engano de Herodes. Celebrar o Natal é assumir o comprometimento com uma revelação que muda os rumos das nossas vidas! Conhecer e viver com Jesus manifesta “outro caminho”, gerando discernimento, retirando os tampões dos nossos olhos, e apresentando realidades alternativas aos enganos propostos em nossas trajetórias. O Natal de Jesus nos dá condições de caminhos alternativos na vida, anulando os aspectos de morte. 

 

Os sábios do Oriente receberam revelação divina para evitar o engano porque decidiram adorar ao Messias, e a homenagem prestada foi representada pelos presentes que levaram ao menino: ouro, incenso e mirra.

 

O ouro foi o presente que sinalizava o reconhecimento do governo do Cristo. Na Antiguidade era normal ofertar ouro para reis. Reconhecer o governo de Jesus sobre nossas vidas e estruturas diversas gera revelação para “outros caminhos” que evitam o engano na busca por uma vida de qualidade. “Ofertar ouro” para Deus é reconhecer que estamos sob o reinado dEle nesse mundo. A forma que enxergamos tudo ao nosso redor muda quando assumimos o Reino de Deus como única referência. A oferta de incenso atestava que os sábios do Oriente reconheciam a expressão sacerdotal de Jesus. O incenso dava a dimensão do pastoreio do Cristo. Há pessoas que até conseguem ofertar ouro, reconhecendo que existe um governo de Deus nesse mundo, entretanto, negam o que simboliza a oferta de incenso, rejeitando o pastoreio e princípios do Cristo sobre si. Celebrar o Natal e receber revelação para “um outro caminho” que não manifeste morte é resultado da oferta de reconhecimento do cuidado (pastoreio) de Deus. 

 

O terceiro presente dos sábios foi a mirra. Esse elemento representava a morte, que no caso do Cristo, simbolizava, paradoxalmente, a vida e eternidade, pois seria através de Sua morte que o destino eterno dos seres humanos poderia ser ressignificado. Ofertar mirra como símbolo do Natal do Cristo significa que associamos nossa existência com projetos eternos de Deus. Estar em conexão com intenções divinas que duram para sempre muda a forma como encaramos os desafios da vida. Nada passa a importar mais que cumprir a Missão de Deus quando nos vemos como parte de ambições que sempre estiveram nos planos dEle. “Outros caminhos” se manifestam anulando o engano quando nossas vidas cumprem propósitos eternos! Quando o Natal de Jesus simboliza a oferta de mirra das nossas almas para Deus, qualquer coisa temporal e própria desse mundo não pode mais nos deter na qualidade de filhos e filhas de Deus. 

 

Lamentavelmente, existem muitas pessoas que, não entendendo o verdadeiro ensinamento do Natal do Cristo, estão sendo enganadas por propostas de vida que não refletem a vontade de Deus. Os sábios do Oriente nos ensinam que as ofertas de reconhecimento do governo divino, de aceitação do pastoreio e cuidado de Deus, e vinculação das nossas vidas com os propósitos eternos do Cristianismo abrem nossos olhos para uma vida sem engano e bem-sucedida. 

 

Bispo Bruno Roberto
Bispo da 4ª Região Eclesiástica


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